Posted in Uncategorized on Quinta-feira, 16Janeiro, 2014|
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Não gosto delas. Das generalizações. E fujo, nem sempre com sucesso, como o diabo foge da cruz à tentação de nelas cair. Não é muito difícil cair.
Mas há um certo tipo de criaturas que populam aliás bastante pelas redes sociais e pelos blogues peritas crónicas neste tipo de coisas: de meter tudo no mesmo saco.
1 – Ele é os advogados que são todos ladrões,
2- Os empresários que são todos exploradores,
3- Os jornalistas que são todos mentirosos,
4- Os políticos que são todos iguais,
5- Etc. e por aí fora…
Ora parece-me a mim, que o que está por detrás deste tipo de dispositivo cognitivo não é muito diferente do que permite os seguintes raciocínios:
1- Os pretos são todos criminosos,
2- Os ciganos são todos vigaristas,
4- Os brasileiros são todos vadios,
5 – Os maricas são todos pervertidos,
6- Igualmente etc. e tal e por aí fora.
O que acabei de fazer neste pequeno exercício foi apenas a reprodução de umas quantas marcas de estigma bastante comuns do que também se diz e escreve por aí fora. E toda a gente sabe o que está por de trás do estigma (ou pelo menos deveria saber): a rendição ao raciocínio simplista e fácil que conduz à generalização. No fundo ao preconceito, que é como se sabe aquilo que define o estado prévio ao conceito, ao conhecimento.
E portanto é com particular deleite que leio alguns textos de criaturas assumidamente despreconceituosas, tanto que passam a vida a anunciá-lo aos quatro ventos (logo aí devemos desconfiar), a cair na esparrela da generalização fácil. Do raciocínio simplista e acrítico.
E pronto: eu fico a chinga-los e escrevo textos destes. 🙂
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